domingo, 29 de agosto de 2010

NOTÍCIAS SOBRE AS ENCHENTES

Materia publicada no GAZETAWEB em 19.06.2010 às 20:30h
http://gazetaweb.globo.com/v2/noticias/texto_completo.php?c=207264

Municípios tentam se recuperar após enchentes

Informações são de que há mais de mil desaparecidos; só em Quebrangulo mais de 800 casas foram destruídas.

Dados oficiais da Defesa Civil revelam que as enchentes provocaram destruição em 21 cidades alagoanas. Pelo menos 13 mortes já foram confirmadas e 1009 pessoas estão desaparecidas. Segundo assessoria do Corpo de Bombeiros, os números de vítimas entram em conflito com frequência, já que informações divulgadas pelo Governo do Estado são de que 70 mil pessoas estão desalojadas, enquanto que a Defesa Civil confirma um número menor. O trabalho agora é de recolher doações e tentar reeguer as cidades destruídas pelas enchentes.

Calamidade. É esse o estado em que 21 municípios alagoanos se encontram neste sábado (19), devido às chuvas que caíram no fim de semana. Em meio à situação, o Governo do Estado reuniu Defesa Civil, Exército, Aeronáutica, além de outros órgãos para estabelecer estratégias de salvamento às vítimas da tragédia. A Defesa Civil diz que ao todo 36.953 mil pessoas estão desabrigadas, mais 15.540 desalojados (que podem retornar às suas casas), 3.508 deslocadas (levadas para outros lugares seguros), perfazendo um total de 58.145 pessoas afetadas até o momento.
 
Os municípios atingidos são: Quebrangulo, Santana do Mundaú, Joaquim Gomes, São José da Laje, União dos Palmares, Jundiá, Jacuípe, Branquinha, São Luiz do quitunde, Matriz do Camaragibe, Paulo Jacinto, Murici, Rio Largo, Viçosa, Atalaia, Cajueiro, Capela,Maragogi, Marechal, Satuba e Anadia. Destes municípios, os seis que comportam o maior número de desabrigados são: União dos Palmares, com 9 mil; Santana do Mundaú, com 4.320; Quebrangulo, com 809 casas destruídas e 4.000 desabrigados; Paulo Jacinto e Murici com o mesmo número de desabrigados e Branquinha com 3.200.
 
Os estados críticos ocorrem nas regiões de Zona da Mata, Litoral Norte e Vale do Paraíba.Os resgates das vítimas estão sendo feitos com botes e helicópteros. As pessoas estão sendo levadas para ginásios e escolas.
 
De acordo com assessoria, o Governo Federal disponibilizou o ministro de Integração Nacional, João Santana, e o ministro de Defesa Social, Nelson Jobim para avaliar os danos causados pelas chuvas em Alagoas. Eles garantiram a disponibilização de comida, água e colchões como auxílio emergencial. A partir deste domingo cinco helicópteros ficarão à disposição da Defesa Social para o resgate das vítimas nos municípios.
 
Situação dos Municípios
 
Entre as tragédias já registradas pela Gazetaweb, os municípios banhados pelo Rio Paraíba ficaram quase que completamente destruídos pelo alagamento. A cidade de Quebrangulo, por exemplo, teve 80% de seu território invadido pela água do Rio, que transbordou após a derrubada de uma barragem. Mais de 800 residências desabaram e a Prefeitura teve dificuldades em alojar as milhares de pessoas que ficaram desalojadas.
 
Em Atalaia, a entrada de acesso ficou interditada com a água atingindo altura de um metro. Os moradores foram deslocados até ginásios e colégios situados na parte alta da cidade. O Rio Paraíba também alagou a cidade de Paulo Jacinto. Parte de um hospital desabou naquela localidade e uma casa caiu sobre a moradora, que não resistiu aos ferimentos e morreu soterrada.
 
No município de Rio Largo, os moradores continuam desesperados. As águas das ruas do comércio, e no bairro Gustavo Paiva (Cachoeira) formaram correntezas e os residentes ficaram ilhados - nas casas de primeiro andar já que térreos também foram tomados pela água - enquanto aguardavam apoio do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil.
 
A Polícia Militar - por meio do Batalhão de Policiamento Ambiental - disponibilizou equipes, que ficaram distribuídas em Rio Largo e de Murici. De acordo com o comandante do BPA, tenente-coronel Maxwel, civis emprestaram dois barcos para auxiliar nos resgates. "Como não tínhamos carretas, conseguimos com civis um barco inflável e um outro de salvamento simples para seguirmos até esses municípios, além de duas viaturas com outras guarnições da PM", completou.

Foram recebidas, ainda, as informações de que a comunidade quilombola Muquém, em União dos Palmares, ficou totalmente devastada pelo transbordamento do Rio Mundaú. Entretanto, a Gazetaweb tentou os contatos na localidade, não obtendo êxito, já que não há contatos via telefone e também pela internet , devido ao alagamento.

Por meio de nota oficial, a Polícia Rodoviária Federal informou que a BR 316 está sem acesso, no quilômetro 268, trecho de Satuba. Com as pontes invadidas pelas águas do Rio Mundaú, o único acesso liberado é pelo trevo do Pólo.


Veja mais fotos no link: http://gazetaweb.globo.com/v2/noticias/texto_completo.php?c=207264

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