domingo, 29 de agosto de 2010

ALEGRO TRUPE

Quem passou por essas cidades?
Só vendo de perto para entender a dimensão da nova realidade.

O cenário é devastador. Casas, ruas, árvores, pontes, os trilhos do trem e das pessoas... tudo, tudo fora do lugar... Bairros inteiros destruídos, vidas inteiras que foram construídas e que a água, simplesmente... Levou.

Um mês após a tragédia passamos por alguns municípios: a população está assentada, as doações ajudam muito a alimentar e vestir essas pessoas, os governos municipais, estadual e federal estão dando assistência a população e tentando limpar e reconstruir as cidades... Mas o cenário ainda é desolador...

Algo nos chamou muita atenção e não saiu mais de nossas cabeças: o olhar perdido das pessoas!!! Em especial das crianças. Não temos como definir de outra forma, existe uma grande "tristeza" no ar.

Ora, se as crianças são o futuro, que futuro esperar para essas cidades se as suas crianças perderam a alegria? Como superar um trauma desses?

Disfarçar a realidade? Não!!!
Mas podemos mostrar que a vida precisa continuar, que o sol está de volta, que existe um novo horizonte, novas formas de recomeçar... e que é preciso recomeçar.

Que tal começarmos levando um pouco de alegria? Que tal mostrarmos que os livros podem ajudar? Que podemos aprender muito com as artes, o teatro, a música, com o circo?

E é essa a nossa idéia!!!
A ALEGRO TRUPE
Uma caravana solidária para levar esperança!

Venha fazer parte dessa idéia!!!!

DADOS OFICIAIS - DEFESA CIVIL

Materia publicada no site da DEFESA CIVIL em 30.06.2010
http://www.defesacivil.gov.br/noticias/noticia.asp?id=5111

Dados dos desastres em Alagoas e Pernambuco são atualizados

Brasília – A Secretaria Nacional de Defesa Civil (Sedec) começa a receber as notificações preliminares dos danos materiais causados pelo desastre que atingiu Pernambuco e Alagoas. Em Alagoas foram destruídas ou danificadas 19.164 casas, além de 200 quilômetros de estradas. Em Pernambuco, foram 4.478 quilômetros de estradas danificados, 142 pontes destruídas e 14.136 casas destruídas ou danificadas.

Em relação aos dados da população atingida pelos desastres não houve alteração nas últimas 24 horas. Ou seja, em Alagoas são 26.618 mil desabrigados 47.897 mil desalojados e 37 óbitos; em Pernambuco: 26.966 mil desabrigados 55.643 mil desalojados, e 20 óbitos.

No Estado de Alagoas, quatro municípios decretaram situação de emergência, e 15, estado de calamidade pública. No Estado de Pernambuco, 27 decretaram situação de emergência e 12 estão em estado de calamidade pública.

Os 19 municípios que decretaram situação de emergência ou calamidade pública em Alagoas são: São Luiz do Quitunde, Matriz do Camaragibe, Jundiá, Ibateguara, Quebrangulo, Santana do Mundaú, Joaquim Gomes, São José da Laje, União dos Palmares, Branquinha, Paulo Jacinto, Murici, Rio Largo, Viçosa, Atalaia, Cajueiro, Capela, Jacuípe e Satuba.

Em Pernambuco foram 39 municípios: Agrestina, Água Preta, Altinho, Amaraji, Barra de Guabiraba, Barreiros, Belém de Maria, Bezerros, Bom Conselho, Bonito, Cabo de Santo Agostinho, Camaragibe, Catende, Chã Grande, Correntes, Cortês, Escada, Gameleira, Gravatá, Ipojuca, Jaboatão dos Guararapes, Jaqueira, Joaquim Nabuco, Maraial, Moreno, Nazaré da Mata, Palmares, Palmeirinha, Pombos, Primavera, Quipadá, Ribeirão, São Benedito do Sul, São Joaquim do Monte, Sirinhaém, Tamandaré, Vicência, Vitória de Santo Antão e Xexéu.

NOTÍCIAS SOBRE AS ENCHENTES

Materia publicada no GAZETAWEB em 19.06.2010 às 20:30h
http://gazetaweb.globo.com/v2/noticias/texto_completo.php?c=207264

Municípios tentam se recuperar após enchentes

Informações são de que há mais de mil desaparecidos; só em Quebrangulo mais de 800 casas foram destruídas.

Dados oficiais da Defesa Civil revelam que as enchentes provocaram destruição em 21 cidades alagoanas. Pelo menos 13 mortes já foram confirmadas e 1009 pessoas estão desaparecidas. Segundo assessoria do Corpo de Bombeiros, os números de vítimas entram em conflito com frequência, já que informações divulgadas pelo Governo do Estado são de que 70 mil pessoas estão desalojadas, enquanto que a Defesa Civil confirma um número menor. O trabalho agora é de recolher doações e tentar reeguer as cidades destruídas pelas enchentes.

Calamidade. É esse o estado em que 21 municípios alagoanos se encontram neste sábado (19), devido às chuvas que caíram no fim de semana. Em meio à situação, o Governo do Estado reuniu Defesa Civil, Exército, Aeronáutica, além de outros órgãos para estabelecer estratégias de salvamento às vítimas da tragédia. A Defesa Civil diz que ao todo 36.953 mil pessoas estão desabrigadas, mais 15.540 desalojados (que podem retornar às suas casas), 3.508 deslocadas (levadas para outros lugares seguros), perfazendo um total de 58.145 pessoas afetadas até o momento.
 
Os municípios atingidos são: Quebrangulo, Santana do Mundaú, Joaquim Gomes, São José da Laje, União dos Palmares, Jundiá, Jacuípe, Branquinha, São Luiz do quitunde, Matriz do Camaragibe, Paulo Jacinto, Murici, Rio Largo, Viçosa, Atalaia, Cajueiro, Capela,Maragogi, Marechal, Satuba e Anadia. Destes municípios, os seis que comportam o maior número de desabrigados são: União dos Palmares, com 9 mil; Santana do Mundaú, com 4.320; Quebrangulo, com 809 casas destruídas e 4.000 desabrigados; Paulo Jacinto e Murici com o mesmo número de desabrigados e Branquinha com 3.200.
 
Os estados críticos ocorrem nas regiões de Zona da Mata, Litoral Norte e Vale do Paraíba.Os resgates das vítimas estão sendo feitos com botes e helicópteros. As pessoas estão sendo levadas para ginásios e escolas.
 
De acordo com assessoria, o Governo Federal disponibilizou o ministro de Integração Nacional, João Santana, e o ministro de Defesa Social, Nelson Jobim para avaliar os danos causados pelas chuvas em Alagoas. Eles garantiram a disponibilização de comida, água e colchões como auxílio emergencial. A partir deste domingo cinco helicópteros ficarão à disposição da Defesa Social para o resgate das vítimas nos municípios.
 
Situação dos Municípios
 
Entre as tragédias já registradas pela Gazetaweb, os municípios banhados pelo Rio Paraíba ficaram quase que completamente destruídos pelo alagamento. A cidade de Quebrangulo, por exemplo, teve 80% de seu território invadido pela água do Rio, que transbordou após a derrubada de uma barragem. Mais de 800 residências desabaram e a Prefeitura teve dificuldades em alojar as milhares de pessoas que ficaram desalojadas.
 
Em Atalaia, a entrada de acesso ficou interditada com a água atingindo altura de um metro. Os moradores foram deslocados até ginásios e colégios situados na parte alta da cidade. O Rio Paraíba também alagou a cidade de Paulo Jacinto. Parte de um hospital desabou naquela localidade e uma casa caiu sobre a moradora, que não resistiu aos ferimentos e morreu soterrada.
 
No município de Rio Largo, os moradores continuam desesperados. As águas das ruas do comércio, e no bairro Gustavo Paiva (Cachoeira) formaram correntezas e os residentes ficaram ilhados - nas casas de primeiro andar já que térreos também foram tomados pela água - enquanto aguardavam apoio do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil.
 
A Polícia Militar - por meio do Batalhão de Policiamento Ambiental - disponibilizou equipes, que ficaram distribuídas em Rio Largo e de Murici. De acordo com o comandante do BPA, tenente-coronel Maxwel, civis emprestaram dois barcos para auxiliar nos resgates. "Como não tínhamos carretas, conseguimos com civis um barco inflável e um outro de salvamento simples para seguirmos até esses municípios, além de duas viaturas com outras guarnições da PM", completou.

Foram recebidas, ainda, as informações de que a comunidade quilombola Muquém, em União dos Palmares, ficou totalmente devastada pelo transbordamento do Rio Mundaú. Entretanto, a Gazetaweb tentou os contatos na localidade, não obtendo êxito, já que não há contatos via telefone e também pela internet , devido ao alagamento.

Por meio de nota oficial, a Polícia Rodoviária Federal informou que a BR 316 está sem acesso, no quilômetro 268, trecho de Satuba. Com as pontes invadidas pelas águas do Rio Mundaú, o único acesso liberado é pelo trevo do Pólo.


Veja mais fotos no link: http://gazetaweb.globo.com/v2/noticias/texto_completo.php?c=207264